O Governo de Pernambuco instituiu, nesta quinta-feira (22), um comitê técnico intersetorial para o enfrentamento da febre do Oropouche, uma arbovirose que vem preocupando as autoridades de saúde no estado. Com 122 casos confirmados distribuídos em 20 cidades, o comitê foi criado para coordenar, acompanhar e avaliar as ações de controle, prevenção e tratamento da doença.
O comitê, que se reunirá a cada 15 dias, terá como responsabilidades a elaboração de um Plano Estadual de Enfrentamento ao Oropouche, a definição de diretrizes para a mobilização e divulgação das ações, além do apoio às iniciativas dos municípios e da sociedade civil. Entre as suas competências, também está a promoção de pesquisas para o desenvolvimento de novas tecnologias para o diagnóstico e tratamento, especialmente para gestantes, considerando os riscos associados à transmissão vertical do vírus, que pode ocorrer da mãe para o bebê durante a gestação.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) já confirmou a terceira morte de um feto devido à febre do Oropouche, sendo um dos casos, notificado em julho, o primeiro óbito fetal pela doença no Brasil.
Situação na Paraíba
Embora não haja casos confirmados de febre do Oropouche na Paraíba, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) está em alerta, realizando ações preventivas, especialmente nas áreas que fazem divisa com Pernambuco. A técnica das arboviroses da SES-PB, Carla Jaciara, enfatizou a importância do uso de repelentes, sobretudo entre gestantes, que fazem parte do grupo de risco devido à possibilidade de transmissão vertical do vírus.
A SES-PB também destacou a realização de capturas de mosquitos em municípios fronteiriços, reforçando a necessidade de a população estar atenta aos sintomas, que se assemelham aos da dengue e outras arboviroses. Além disso, orientações sobre o uso de roupas protetivas e a manutenção da limpeza dos ambientes residenciais são cruciais para a prevenção.
As autoridades paraibanas continuam vigilantes, orientando a população, especialmente gestantes, a adotar medidas preventivas e a evitar áreas onde o mosquito transmissor, conhecido como maruim, é prevalente.