Um estudo publicado na revista Nature revelou uma abordagem inovadora para tratar insuficiência cardíaca: um adesivo feito de células-tronco capaz de regenerar o músculo do coração.
A pesquisa, conduzida por médicos da Universidade de Göttingen, na Alemanha, teve sucesso em testes com macacos rhesus vivos e corações humanos de doadores falecidos. Nos experimentos, os implantes estimularam a recuperação do tecido cardíaco e melhoraram sua função de bombeamento. Os resultados promissores levaram ao início dos ensaios clínicos em humanos, já em andamento com 15 pacientes.
A tecnologia, chamada músculo cardíaco projetado (EHM), utiliza um adesivo formado por células-tronco cultivadas em laboratório e alimentadas com hidrogel de colágeno. Aplicadas diretamente sobre o coração danificado, essas células estimulam a regeneração do órgão.
Nos testes com macacos, implantes de até 200 milhões de células resultaram na formação de novo tecido cardíaco sem efeitos colaterais graves. Em humanos, são utilizadas 800 milhões de células compactadas em um espaço equivalente a um curativo adesivo.
Os pesquisadores acreditam que essa inovação pode, no futuro, substituir dispositivos como marcapassos e bombas cardíacas, oferecendo uma solução duradoura para milhões de pacientes que sofrem com insuficiência cardíaca no mundo.
Fonte: Paraíba Já