O vereador Campina Grande e líder da oposição Anderson Pila (PSB) voltou a criticar a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) em relação à crise financeira que atinge a Rainha da Borborema. Durante entrevista à rádio Arapuan FM nesta quinta-feira (27), Pila exigiu o afastamento do secretário de Saúde, Carlos Dunga Júnior, apontando a pasta como responsável por boa parte dos problemas enfrentados pelo município.
“Se o prefeito realmente tivesse compromisso com a população, ele chamaria o secretário à ordem e o exoneraria, pois a saúde é um dos maiores problemas de Campina Grande atualmente”, declarou Pila, cobrando medidas urgentes por parte da administração municipal.
O parlamentar também criticou a dependência da prefeitura em relação a emendas parlamentares para manter os serviços essenciais. Ele mencionou que, apesar dos R$ 30 milhões destinados pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) no final de 2024, os recursos não foram suficientes para garantir o pagamento em dia dos salários dos servidores municipais. “A gestão sobrevive de emendas impositivas e do apoio da bancada federal, mas o descontrole financeiro é evidente”, disse Pila.
Bancada de oposição vai acionar o MPPB e TCE-PB
Ainda nesta quinta-feira, o vereador anunciou que a bancada de oposição na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG) irá notificar o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) pelo não cumprimento das emendas impositivas de 2024. Segundo ele, o prefeito não pagou as emendas devidas, o que configura uma possível infração de responsabilidade fiscal e improbidade administrativa.
“Quem não cumpre a lei pode ser responsabilizado por crime de responsabilidade fiscal e improbidade administrativa. A bancada de oposição vai notificar os órgãos competentes e tomar as providências necessárias”, afirmou Pila.
Discrepância nos pagamentos de assessores
Além das críticas à gestão financeira da cidade, o vereador Anderson Pila, também levantou sérias acusações sobre os pagamentos feitos pela prefeitura. Durante a mesma entrevista, ele revelou que alguns auxiliares próximos ao prefeito estão sendo remunerados em dólares, o que, segundo ele, representa uma enorme discrepância nos recursos públicos.
Almeida mencionou especificamente o ex-secretário de Administração, Diogo Lira, que atualmente ocupa o cargo de assessor jurídico do grupo responsável pelo acompanhamento de um empréstimo municipal. “O Diogo Lira, nomeado para o cargo de assessor jurídico, vai receber em dólar”, afirmou Almeida, criticando duramente a situação.
O vereador expressou sua indignação com o fato de que, enquanto a cidade enfrenta sérias dificuldades financeiras em áreas essenciais como saúde e infraestrutura, o prefeito permite o pagamento de assessores com valores em moeda estrangeira. “Não tem dinheiro para comprar remédio, não tem dinheiro para papel higiênico, mas tem dinheiro em dólar para pagar aqueles mais próximos”, concluiu Almeida.
A crise financeira em Campina Grande continua gerando tensões entre a administração municipal e os parlamentares, especialmente da bancada de oposição, que cobra respostas e ações para reverter o quadro econômico adverso na cidade.
Fonte: Fonte83