O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo nesta quarta-feira (24) após o avanço de uma operação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A investigação apura suspeitas de fraudes envolvendo a concessão de benefícios a aposentados e pensionistas.
Stefanutto, que é servidor de carreira do INSS desde o ano 2000, também foi alvo de mandados de busca autorizados pela Justiça. O procurador-geral do instituto, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, está entre os afastados. No total, seis servidores públicos foram retirados de suas funções enquanto a apuração prossegue.
De acordo com informações da Polícia Federal, o esquema teria sido articulado por entidades que representam aposentados e pensionistas, responsáveis por aplicar descontos irregulares sobre os valores de benefícios. As autoridades ainda não detalharam como funcionava o modelo da fraude.
Governo acompanha apuração do caso
A operação é considerada uma das mais sensíveis envolvendo o sistema previdenciário. A situação foi comunicada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e pelo ministro da CGU, Vinícius Carvalho, durante reunião no Palácio da Alvorada, logo após a deflagração da ação.
O caso gerou discussões dentro do governo federal, com reuniões em andamento no Ministério da Justiça para avaliar medidas diante das suspeitas de irregularidades. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o partido não foi consultado na escolha de Stefanutto para comandar o INSS. A indicação para o cargo foi feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi
Fonte: Maurílio Júnior