Câmara de Cajazeiras vai pedir ao TCE e ao Ministério Público para investigar Socorro Delfino por acumulação de cargos e salários ilegais

Segundo informações obtidas pelo ClickPB, a autorização para a Câmara Municipal promover as representações com pedidos de investigação foi aprovada na sessão de ontem (29) por maioria de votos.

Câmara de Vereadores de Cajazeiras, no Sertão do estado, vai entrar com representações junto ao Tribunal de Contas o Estado (TCE) e ao Ministério Público com pedidos para investigação de supostos atos ilícitos praticados pela ex-secretária de Educação, professora Socorro Delfino, pré-candidata a prefeita da cidade pelo Progressistas, por acumulo ilegal do cargo de Secretária Municipal na cidade com um cargo de professora em Cachoeira dos Índios.

Segundo informações obtidas pelo ClickPB, a autorização para a Câmara Municipal promover as representações com pedidos de investigação foi aprovada na sessão de ontem (29) por maioria de votos.

A proposta é da bancada de oposição ao prefeito José Aldemir, composta atualmente por oito parlamentares.

Os parlamentares da oposição usaram três justificativas para fundamentar o requerimento: uma denúncia do ex-deputado Jeová Campos, com apresentação de documentos e que está tendo ampla repercussão na cidade; uma explicação, a título de defesa, da própria ex-secretária Corrinha Delfino, numa entrevista a uma emissora de rádio local, na qual ela admite a acumulação de cargos de professores nos dois municípios, alegando ter havido uma permuta de servidores entre os prefeitos das duas cidades; e um documento do TCE (TC17174/05) no qual a corte estadual de contas assenta de forma peremptória que, de acordo com o artigo 37 da Constituição Federal, “o cargo de Secretário Municipal é inacumulável com outro cargo, emprego ou funções públicas”.

A bancada da oposição em Cajazeiras passou a entender que a entrevista da ex-secretária Corrinha Delfino assumindo ter se mantido na folha de pagamento da Prefeitura de Cachoeira dos Índios enquanto exercia o cargo de Secretaria de Educação em Cajazeiras e o parecer do TCE sobre a impossibilidade de acumulação de cargos nessas circunstâncias configuram ilícito frontal à Constituição,’justificando o acionamento do TCE e do Ministério Público para adoções das medidas legais necessárias, uma vez que as provas são extraídas do Sagres, sistema de transparência da corte de contas.

Com a aprovação da autorização, é a instituição Câmara Municipal que vai assumir o dever de fiscalização de uma denúncia de conduta ilegal no âmbito da administração municipal.

Histórico do caso

Inicialmente, a denúncia havia sido formulada por professores, individualmente, mas não ganhou repercussão.

Porém, na semana passada, com portarias e documentos do Sagres em mãos, o ex-deputado Jeová Campos deu divulgação à denúncia em entrevistas de rádio em Cajazeiras. Chegou a ser rebatido pelo prefeito José Aldemir, que tentou desqualificar seu trabalho de advogado. Mas a denúncia ganhou repercussão, uma vez que a ex-secretária de Educação é pre-candidata da prefeita.

Agora, a Câmara Municipal , cumprindo suas prerrogativas constitucionais e legais, assume o papel de investigar as denúncias a ex-secretária de Educação e pré-candidata a prefeita.

Fonte: https://www.clickpb.com.br/politica/camara-socorro-cajazeiras-ilegal.html