A cidade de Tabira, no Sertão de Pernambuco, com pouco mais de 27,6 mil habitantes, ganhou projeção nacional nos últimos dias devido à morte do menino Arthur, de 2 anos.
O cruel assassinato registrado no último domingo (16), por violência doméstica/familiar, revoltou moradores da região, que lincharam um dos suspeitos do crime na noite dessa terça-feira (18).
Há cerca de dois meses, Arthur Ramos Nascimento estava sob a responsabilidade do casal Antônio Lopes Severo, conhecido por Frajola, e Giselda da Silva Andrade.
A mãe da criança, identificada como Giovana Ramos, teria deixado o filho com os suspeitos desde dezembro, sob alegação de estar em busca de emprego em João Pessoa, na Paraíba. O casal não tinha parentesco com mãe e filho.
Arthur tinha 2 anos e havia sido deixado aos cuidados do casal preso | Foto: Redes Sociais/Reprodução
No último domingo (16), segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, o menino foi socorrido para um hospital local com diversas lesões no corpo. Ele não resistiu e morreu na unidade de saúde. Os suspeitos fugiram em seguida.
Agressões eram constantes
Em entrevista ao vivo à Radio Pajeú, a delegada Joedna Soares, responsável pelas investigações, informou que a perícia apontou indícios de violência sexual no corpo de Arthur.
A delegada também confirmou que o casal já tem passagem pela polícia e foi preso anteriormente por envolvimento em crimes como tráfico e homicídio.
Giselda da Silva, que estava responsável pelo menino, tem três filhos e costumava publicar fotos e vídeos carinhosos com eles e com o companheiro. A delegada conta que conversou com as crianças, que confirmaram rotineiros episódios de agressões.
“As crianças afirmam que ouviram e sabiam do que estava acontecendo e presenciaram a criança (Arthur) ser maltratada ao longo desse período. As crianças afirmam que (domingo) foi o ápice”, destacou a delegada.
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Ainda segundo Joedna Soares, os filhos da suspeita relataram que as agressões físicas partiam de Giselda. “Não há relatos do suspeito (Antônio) participando das agressões anteriores, só do dia da morte da criança”, afirmou a delegada.
Depois de passar por perícia, o corpo do pequeno Arthur foi liberado e sepultado nessa terça-feira (18), no cemitério municipal de Tabira. O cortejo até o local atraiu uma multidão que se comoveu com o caso.
Fonte: FolhaPE