Em uma declaração polêmica feita nesta terça-feira (8), o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) afirmou desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião da Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados. A fala ocorreu durante a discussão de um projeto de lei de sua relatoria que propõe o desarmamento da equipe de segurança pessoal do presidente da República.
O projeto foi aprovado na comissão, mas ainda precisa tramitar em outras duas comissões. Caso não haja recurso, pode seguir diretamente para o Senado. O texto prevê que “fica vedado o uso de armas de fogo pelos agentes integrantes da segurança pessoal do Presidente da República e de seus Ministros de Estado, ainda que em atividades que envolvam a segurança imediata de tais dignatários”.
Durante o debate, Gilvan fez ataques verbais ao presidente Lula. “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos. É um direito meu. Não estou dizendo que vou matá-lo, mas quero que ele morra. Nem o diabo quer o Lula, por isso ele está aí, superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia”, declarou o parlamentar.
A proposta é de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), presidente da comissão. Apresentada em 2023, a matéria tem como justificativa a ideia de que a segurança presidencial deveria refletir a ideologia do governo, que, segundo Bilynskyj, é contrária ao armamento da população. “O presidente Lula, cercado de seguranças armados, luta sempre para desarmar o cidadão. O ministro Lewandowski, que tem porte de arma renovado pela PF, dificulta o acesso do cidadão às armas de fogo”, afirmou.
A fala de Gilvan repercutiu negativamente entre parlamentares e levantou questionamentos sobre os limites do discurso político no Congresso Nacional. Até o momento, a Presidência da Câmara não se manifestou sobre possíveis sanções ao deputado.
Fonte: Fonte83