Uma operação conjunta resgatou 112 trabalhadores em situação degradante na construção civil em João Pessoa e Cabedelo (PB). Eles viviam em alojamentos precários, sem ventilação, dormindo no chão ou em colchões finos, e enfrentavam jornadas exaustivas com alimentação insuficiente — às vezes, com apenas um ovo no café e sem jantar. A ação foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, com apoio do MPT, MPF, DPU e PF.

A operação começou em 14 de julho e terminou nesta quarta-feira (23), após 18 fiscalizações em oito empresas. Os trabalhadores vinham de pelo menos 28 cidades, incluindo municípios da Paraíba, Pernambuco, RN e até do RJ. Com o novo resgate, o número de libertações em 2025 chegou a 225, um aumento de 324% em relação a 2024 (53).

Cinco empresas assinaram TACs e vão pagar verbas rescisórias e indenizações. Outras três responderão judicialmente. Segundo as autoridades, os alojamentos ficavam nas próprias obras, sem banheiro, e os trabalhadores tinham que comprar ventiladores.

As instituições seguirão com sanções administrativas, trabalhistas e penais. “A escravidão moderna não é só privação de liberdade, mas também a degradação extrema das condições de trabalho”, disse a procuradora Laura Valença.

Em 2025, os resgates ocorreram assim: fevereiro (59), março (12), maio (33), junho (9) e julho (112).

Fonte: Fonte83