A Justiça da Paraíba, por meio do juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, rejeitou o pedido de prisão preventiva do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, denunciado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por abuso sexual de crianças durante consultas médicas. Apesar da gravidade das acusações, o magistrado considerou que a prisão não seria adequada neste momento, destacando que “apenas a instrução processual poderá responder se o crime está devidamente provado”. Ele argumentou ainda que não há evidências concretas de que a liberdade do acusado coloque em risco a ordem pública.
Embora tenha negado a prisão, o juiz determinou o afastamento imediato de Fernando Cunha Lima de suas funções médicas e o bloqueio de seus bens. Essa medida visa garantir a proteção do interesse econômico das vítimas e a reparação de uma possível indenização futura, evitando que os bens imóveis do acusado sejam alienados. O promotor de Justiça, Bruno Lins, também havia solicitado o pagamento de 400 salários mínimos a cada uma das três vítimas, totalizando R$ 1.694.400,00.
O caso de Fernando Cunha Lima, que é um pediatra renomado com mais de 50 anos de carreira, ganhou grande repercussão em João Pessoa desde que ele foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável, envolvendo quatro crianças. A denúncia foi formalizada pelo MPPB em 22 de agosto de 2024, incluindo pedidos de condenação que podem resultar em até 60 anos de reclusão.