Agentes das Forças de Segurança da Paraíba, incluindo policiais militares, civis, penais e o Corpo de Bombeiros, realizaram uma assembleia geral nesta quarta-feira (22/01) para reivindicar reajustes salariais. Durante a mobilização, realizada no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, os profissionais decidiram intensificar as ações, incluindo a possibilidade de uma greve na semana do Carnaval. O trânsito foi parado na avenida Epitácio Pessoa.

O presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba (Ageppen-PB), Wagner Falcão, afirmou que as categorias já apresentaram propostas desde dezembro, mas não houve avanço nas negociações.

“Desde dezembro mostramos propostas justas, de acordo com as condições financeiras do estado, que tem apresentado ótimos índices econômicos. Mas, infelizmente, a polícia da Paraíba – seja militar, civil ou penal – recebe hoje o pior salário do Brasil. Nos estados vizinhos, os agentes ganham o dobro, enquanto desempenhamos um trabalho que é reconhecido como o melhor do Norte e Nordeste. Ainda assim, o governo nos desvaloriza”, criticou.

Falcão também questionou o reajuste linear de 5% anunciado pelo governador João Azevêdo para os servidores públicos. “Para a polícia, esse aumento não chega a 5%. O governo propôs incorporar uma bolsa de desempenho aos vencimentos, mas isso não representa um aumento real, já que essa bolsa passa a ser tributada. No fim, o policial perde dinheiro”, explicou.

Segundo o presidente, a categoria já tentou negociar com o secretário de Administração, Tibério Limeira, mas não obteve respostas satisfatórias. “Procuramos a Secretaria de Administração diversas vezes, apresentamos nossas propostas, mas nada foi avaliado. Por isso, deliberamos hoje em assembleia uma nova reunião para o dia 14 de fevereiro. Caso não haja avanço, iniciaremos uma operação padrão e uma greve a partir do dia 21, sem data para encerramento”, afirmou.

Fonte: Maurílio Júnior